Várias pessoas já vieram me perguntar:
1 – A sua Igreja (IEAB - Igreja Episcopal Anglicana do Brasil) é uma Igreja Gay?
2 – Por que a IEAB aceita pessoas LGBT’s como membros?
3 – Ela realiza casamento de homossexuais?
4 – Por que ela vai contra a Bíblia, se esta condena a homossexualidade?

2 – A IEAB, seguindo o direcionamento da Conferência de Lambert (reunião decenal de bispos anglicanos do mundo inteiro, que dialogam sobre vários assuntos e fazem recomendações para a Comunhão Anglicana), começou a discutir sobre sexualidade humana há mais de 30 anos, especialmente começou a dialogar com pessoas LGBT’s. E assim como muitas Igreja Anglicanas de outros países, a IEAB chegou a um consenso que as pessoas LBGT’s também são filhos de Deus, têm a mesma dignidade humana que qualquer heterossexual e por isto têm o mesmo direito de ser membros da Igreja e professar a fé cristã, sem restrições. A IEAB, à luz da Bíblia, da Tradição, da Razão e da Experiência, também chegou à conclusão que a homossexualidade, bissexualidade, trans-homossexualidade e transexualidade não são expressões pecaminosas da sexualidade, mas dons de Deus para os seres humanos e para os animais, assim como a heterossexualidade. A essa mesma conclusão chegaram outras Igrejas protestantes na Europa e na Norte-América, como Igreja Metodista, Igreja Luterana, Igreja Universalista, Igreja Presbiteriana, entre outras. Claro que esse ponto de vista não é um consenso dentro da Igreja Anglicana no mundo inteiro, nem dentro dessas outra denominações citadas. Ainda existem muitas pessoas machistas e preconceituosas que continuam sendo homofóbicas e transfóbicas. Inclusive no Brasil existem anglicanos separados oficialmente da IEAB, por alegarem serem homofóbicos e mais “evangélicos”. A questão da inclusão de LGBT’s é assunto bastante controverso em várias denominações cristãs e na Comunhão Anglicana também o é, pois vários anglicanos de várias partes do mundo, especialmente lideranças do alto clero e do baixo clero, mais fundamentalistas, ameaçam sair da Comunhão Anglicana e forçam os países mais tolerantes a retroceder em suas ações inclusivistas.
3 – A IEAB não realiza sacramento de matrimônio de pessoas do mesmo sexo. A IEAB entende que casais homossexuais são unidades familiares, tanto quanto casais heterossexuais, entretanto a maioria da sociedade civil brasileira ainda não reconhece o status de família para os casais homo, desta maneira não existe casamento civil homo. E a IEAB entende que os direitos legais devem ser garantidos aos casais. A IEAB só realiza casamento de pessoas heterossexuais que tenham se casado previamente no civil, para garantir seus direitos jurídicos básicos de família perante a Nação brasileira.

Aurelio de Melo Barbosa, fevereiro de 2011.
Um texto para reflexão:
"Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo*
(*Lev. 19, 18), fazeis bem; se todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguido pela lei como transgressores." (Epístola de TIAGO 2, 8-9; Bíblia tradução Almeida S.B.B.)
Mazuk
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