Foi muito bom celebrar o último Ágape: a festa do amor, quando tratamos da temática: autoestima na perspectiva da divindade que habita dentro de cada um de nós.
Aurélio Barbosa coordenador da PDS, nos ajudou a entender que na Bíblia encontramos em Gênesis um diálogo entre Javé, Adão e Eva, onde Javé reconhece que após a atividade transgressora, os seres humanos “se tornaram como um de nós”, ou seja, os seres humanos tomaram posse de sua divindade, de sua autonomia, de sua capacidade crítica, de sua possibilidade criadora/procriadora, sexual. Então a saída do Jardim foi um sinal de bênção e não de maldição. Ter transgredido às ordens do jardim, possibilitou a passagem para um outro mundo, o mundo a autonomia, alcançado pelo trabalho humano e pela sexualidade – perpetuação da espécie!
No Salmo 82, 6 o salmista afirma aos seres humanos “Vós sois deuses e filhos do altíssimo”, confirmando mais uma vez a grandiosidade de cada criatura humana, capaz de ecoar a divindade de seu criador. No Evangelho de João 10, 34 Jesus reafirma as palavras do Antigo Testamento dizendo: “A Lei de vocês está escrito que Deus disse: - vocês são deuses!” Então como permitir que a baixa estima nos visite e tome posse de nós? NÓS SOMOS DEUSES !
A professora Maria Elisa (UFG/PUC), psicóloga com vários anos de atividade terapêutica nos ajudou no exercício da Terapia Comunitária, com o objetivo de promover a autoestima dos participantes. Dançamos, cantamos e depois abrimos uma roda de conversa onde acordamos algumas regras para que a terapia comunitária pudesse acontecer. Nossa psicóloga abriu a possibilidade para que 3 pessoas pudessem abrir o problema que mais lhe afetava naquele momento, e de imediato elegemos um problema que passou a ser analisado pelo grupo. Primeiro ouvimos novamente a pessoa que trouxe a história problema eleita. Em seguida o grupo fez várias perguntas ao autor da história. Ouvidas as respostas, nossa terapeuta pediu que cada participante pudesse contar como resolveu algum problema pessoal similar e neste momento o autor da história problema, foi orientado a apenas ESCUTAR. Assim concluímos mais este Ágape: a festa do amor, reafirmando o amor existente entre os participantes e que Deus se manifesta assim, onde o amor enfrenta o medo e transpõe as barreiras do preconceito.
A terapia comunitária se apoia em um princípio simples de cura: no mesmo lugar onde moram os problemas humanos, moram também a suas resoluções. Assim sendo, o grupo que formula problemas, tem também condições de formular soluções para os mesmos.
Depois de um forte abraço comunitário, passamos para a festa da partilha de alimentos e bebidas que cada participante havia trazido para confraternizar-se. Foi uma grande experiência humana e espiritual que vivemos naquela noite de 18 de junho de 2011.
Por: Rev. Elias Mayer Vergara
Fotos do evento:
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