sexta-feira, 23 de abril de 2010
Inclusividade na Igreja Anglicana (IEAB)
Inclusividade pode ser entendida como a disposição mental de ouvir e se enriquecer com a visão do seu dessemelhante. É o oposto da exclusividade.
Os anglicanos afirmam o princípio da via média, isto é, a convicção de que a verdade é conhecida e guardada quando se mantém a tensão entre declarações opostas no que concerne à verdade. Tal princípio é exemplificado pela convicção de que Jesus era plenamente humano e, ao mesmo tempo, plenamente divino; e pelo compromisso anglicano de ser, simultaneamente, plenamente Católico e plenamente Protestante.
Embora tal princípio seja extremamente difícil de se praticar, a luta para implementá-lo é um aspecto importante da tradição Anglicana.
O anglicanismo se entende e se vê, definitivamente, como uma instituição inclusivista. Todas as Conferências de Lambeth, assim como todos os grandes documentos produzidos no seio desta enorme Comunhão de províncias, revelam este traço que é simultaneamente uma realidade que experimentamos e um alvo que buscamos.
Tal posição, muitas vezes difícil, acaba nos pondo na vanguarda da discussão de assuntos polêmicos, como a ordenação feminina e a inclusão homossexual. Muitos desses temas ainda causam bastante conflito entre nós, mas se pudermos manter fidelidade à nossa unidade, teremos algo de muito importante para ensinar às outras Igrejas Cristãs.
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Adaptado dos artigos “Desafios da Inclusividade” do Rev. Jorge Aquino e “Temperamento Anglicano”, do Rev. John Westerhoff.
Imagens sob a GNU Documentation License.
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